[RESENHA] O Hobbit: A Desolação de Smaug

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— This is Hollywood! — Disse Peter Jackson dando um chute nos fãs de Tolkien que se viram jogados no obscuro poço dos blockbusters.

Não é segredo que o cinema moderno é um negócio lucrativo que depende das grandes massas para fazer dinheiro, e para agradar esse público muitas vezes o caminho é “baixar o nível”.

Peter Jackson pode ser um notável produtor, mas como roteirista há questionamentos a se fazer. Afinal de contas, resumir um livro de 1.000 páginas em pouco mais de 9h de filme é muito mais “fácil" do que estender 400 páginas por 9h de projeção. E é na hora de criar conteúdo que as fórmulas e falhas de um roteirista se revelam.

Não estou aqui defendendo este roteiro que em momentos dá a impressão de que não foi sequer revisado, mas se você compara A Desolação de Smaug com um blockbuster mediano, suas falhas passariam quase despercebidas, isso é: se não carregasse consigo o nome de Tolkien.

No entanto O Hobbit é uma história escrita para crianças, afinal um dos avaliadores do livro de Tolkien foi o filho do editor. Além do mais a versão do livro que conhecemos foi alterada para que o anel que Bilbo encontra fosse o Um Anel e o próprio autor, reza a lenda, gostaria de escrever novamente o livro para situá-lo melhor na terra-média. Por isso eu me pergunto: será que se filme fosse fiel ao livro seria melhor?

O monstro da expectativa dos fãs foi criada por um resumo feito por Jackson na triologia do Anel, porém em O Hobbit a caneta foi dada nas mãos dele para criar, não resumir. Se esperou a tal revisão que o Tolkien prometeu quando na verdade o que estava por vir era uma fanfic.

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