Qual a fórmula do ódio?


Mais uma tragédia nos EUA, desta vez, reunindo todos os sinistros clichês do discurso de ódio: etnias, religião e homofobia.

No artigo em que expliquei por que as pessoas matam em nome de Deus eu esqueci de ressaltar o olhar da psicologia social que acrescento no artigo "por que há tanto ódio ultimamente?", onde lembro que, infelizmente, para que um grupo social seja estabelecido é preciso um conjunto de sujeitos com características em comum. 

E outra coisa que obedece a dinâmica dos grupos é o fato dos membros de um determinado grupo "rejeitarem" pessoas com características opostas.

De fato, o ódio só é possível quando somos capazes de não enxergar no outro um sujeito. Apenas quando despersonificamos um indivíduo de fora do nosso grupo é que somos capazes de agir de forma tão bárbara contra ele.

É preciso entender também que tal dinâmica grupal é uma coisa primária herdada biologicamente. Uma espécie de "instinto", se é que podemos falar disso em seres humanos. Mas é importante ressaltar que o ser humano, em pleno século XXI não pode mais agir pautado por princípios tão arcaicos!

O pensamento inclusivo precisa ser mais exercitado e difundido no seio familiar, nas escolas, nas redes sociais para que princípios tão simples e animalescos quanto o discurso de ódio não assumam um papel tão importante na psique das pessoas.

O exercício da empatia, do "se enxergar no outro" é a solução. Pois quando você vê além dos traços, sejam eles a religião, etnia, ou orientação de sexual, de gênero e etc; ou seja, quando você dá uma forma a este conjunto de características que possui um sujeito, você vê outro ser humano, não "apenas" um membro de um grupo.

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