Um minuto de psicanálise - ser sem dizer


A massificação do prazer tende a sufocar a subjetividade.

"Somos onde não dizemos", 

já dizia o grande psicólogo. Mas no mundo onde tudo tem nome, onde até o mais perverso dos prazeres encontra par nas redes sociais, onde sobra espaço para o "não dizer"? Onde sobra o espaço para sentir?

Se "diferença" só é autenticada publicamente, quando não há a representação do individuo num "espelho" talvez se recalquem os prazeres mais básicos, tornando impossível o gozo em algo que é particular, inominável, e não autenticado pelas massas.

E sabemos que todo prazer não satisfeito gera angústia. 

Ora, se o sujeito precisa autenticar até mesmo os mais básicos dos desejos, podemos então dizer que vivemos em sintomas recorrentes gerados pela falta do "não dizer", e, principalmente pela perigosa "Lei" da pós-modernidade: "a proibição do sofrer"

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