Luta antimanicomial - Muito além do fim dos manicômios!


Manicômios e/ou hospitais psiquiátricos por muito tempo foram sinônimo de repressão a pessoas acometidas por transtornos mentais, e não de cura sinônimo de tratamento como deveria ser. Filmes como o recente Nise mostram a realidade de tortura física e psicológica sofridas pelos pacientes desses locais.

Ainda hoje no Brasil em instituições clandestinas e/ou de "alegado" cunho religioso (alegado porque desconheço religião que prega tortura) vemos cenas como essa se repetirem mesmo após o nosso país ter sofrido uma reforma psiquiátrica onde estes tipos de instituição vieram a ter seu fim transformando o tratamento de saúde mental em algo a ser realizado de forma territorial, ou seja, no local onde esta pessoa nasceu ou escolheu pra viver. Sobretudo este tratamento agora não mais envolve o afastamento do sujeito da sociedade, mas sim incentiva sua convivência na mesma.

No entanto, a luta antimanicomial que é referenciada ao dia 18 de Maio se tornou muito mais do que um movimento para a "abertura dos portões dos manicômios", mas sim na luta pelos direitos das pessoas que sofrem de transtornos mentais como acesso a atendimento de qualidade, respeito e inclusão social.

No entanto, é preciso destacar que em muitas regiões do Brasil a extinção das instituições psiquiátricas se transformou também na inexistência ou mesmo ineficiência das políticas públicas de saúde, e acesso a saúde é um direito que deve ser garantido a todos, e isso inclui as especificidades das pessoas com transtornos mentais.

Inserção social, acesso a direitos civis e até mesmo respeito são dimensões importantes dessa luta, no entanto é preciso ressaltar também que o acesso a tratamento digno e de qualidade é parte fundamental para que as pessoas possam até mesmo gozar de outros direitos adquiridos.

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