Maconha e psicose na adolescência


O mundo não é simples. É inocente (ou perverso) querer classificar o que acontece nele com conceitos tão abstratos como bom e mau. E isso vale para o espectro do comportamento humano e das interações sociais que fazemos.

É fato que historicamente o uso de maconha e outras drogas vem sido usado como rótulo para deliberadamente combater certos grupos sociais e é fato empírico que a atual política de guerra as drogas vêm trazendo ao longo dos anos mais prejuízo do que benefícios, no entanto

Uma política liberalista por si só não resolve o problema.

O abuso de substâncias psicoativas, principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento tem forte correlação com  prejuízos ao desenvolvimento do sujeito. Recentemente foram publicados novos estudos que apontam uma relação entre o abuso de maconha na adolescência e o desenvolvimento precoce de psicoses.

No entanto, isso não deve ser usado como argumento para embasar a política atual de combate as drogas e só reforça ainda mais que se trata de uma questão de saúde pública

Recentemente muitos autores têm apoiado uma origem cada vez mais social para a adicção que talvez se sobreponha até mesmo ao aspecto químico. Muito se alega que mudanças no ambiente como acesso a políticas públicas e principalmente à qualidade de vida têm efeito arrebatador no combate ao vício.

O abuso de substâncias tem origem biopsicossocial como todo comportamento humano.

No entanto, os prejuízos neurológicos e psiquiátricos mesmo que a longo prazo também deve ser considerados como consequência direta do abuso de qualquer psicotrópico seja ele legal ou ilegal. 

Afinal de contas, há autores que questionam até mesmo os benefícios contrapostos ao prejuízos causados por medicamentos como antipsicóticos que também teriam suas consequências quando usados a um prazo estendido.

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