Qual o segredo da felicidade na pós-modernidade? - Um minuto de psicanálise


A psicanálise atual descreve as relações na pós-modernidade como sendo regidas pela busca infinita pelo gozo eterno. Como já disse Freud, vivemos numa ilusão. Somos animais que negamos nossos instintos em troca de uma ordem que prolonga nossas vidas e nos permite conquistas que nenhuma outra espécie foi capaz neste planeta até hoje.

Aprendemos a estimular nossos cérebros como nenhum ser fez nesse mundo.

Descobrimos o prazer na forma de drogas, comida, experiências relacionamentos e nossa sociedade permitiu que levássemos esse prazer a extremos nunca antes vistos. No entanto, a maior ilusão que a pós-modernidade nos vende é que este prazer não tem fim.

E talvez o segredo para a felicidade seja entender que a vida não é como nas redes sociais.

Nossos avatares digitais estão sempre felizes, passeando, amando vendendo uma imagem de que este gozo eterno é possível. Antes a única forma que a sociedade tinha de vender esta ilusão era através da religião com as promessas de um gozo eterno pós-morte para aqueles que cumprissem com suas obrigações sociais. Após isso, a mídia inventou os grandes artistas, arautos do gozo eterno, vendendo uma ilusão de que é possível viver apenas de prazer.

E hoje em dia, nós mesmos somos parte desta mentira, quando postamos nossos sorrisos falsos e ocultamos nossos fracassos.

A tristeza, o fracasso e outros sentimentos negativos fazem parte da vida como quaisquer outros sentimentos. Tentar eleger um ideal de vida que não existe é uma fonte de angústia. Ninguém é bonito, feliz ou bem-sucedido como posta no Facebook, Instagram ou outras mídias. Não podemos enxergar o mundo através dos óculos cor-de-rosa das redes sociais, pois corremos risco de adoecer ao eleger ideais utópicos paras nossas vidas.

Comentários

Veja também:

Artigos populares