Tá frio, né? Imagina pra quem está na rua? Como ajudar ainda mais?


Mais uma das produtivas discussões que temos com a galera do twitter colocada aqui em forma de texto para quem não tem conta nessa rede social possa seguir. Mas se você chegou aqui e tem conta lá, não deixa de me seguir no @PsiTiagoCabral.
Tá frio, não tá? Imagina pra quem tá dormindo na rua? Aí você vê uma notícia dessas e fica chocado. Tendo trabalhado com esse público por muito tempo quis trazer aqui pra vocês algumas informações pra gente ajudar mais!

Um fato pra gente começar a pensar logo cedo é que

segundo o Ministério da Saúde pelo menos 67% da população em situação de rua é negra. 

A grande maioria composta de homens jovens, que não vivem de esmola, mas sim do sub emprego como reciclagem ou pequenos bicos.


O que já mata de cara o viés moralista com que a situação de rua é vista como sendo apenas, falta de emprego. Muita das vezes vínculos familiares fragilizados, falta de acesso a tratamentos de saúde e outros são motivos pelos quais as pessoas vão parar nas ruas.

Estar em situação de rua é uma violação de diversos direitos e o Ministério, digo, a Secretaria Especial de Desenvolvimento Social prevê políticas públicas especializadas para esse população, como é o caso dos Centro Pop.

Nesses equipamentos muitas das vezes são ofertados serviços como alimentação, espaço para higiene pessoal, guarda de pertences, atendimento técnico com assistentes sociais, psicólogos e etc para retirada de documentos, orientações e encaminhamentos.

Em alguns casos, além do desemprego e falta de moradia esses pessoas precisam de diversos atendimentos em saúde. Eu disse apenas saúde, no geral, não saúde mental.

Sim, muitas das vezes esses pessoas sofrem com o abuso de substâncias e transtornos mentais. Mas não devemos ter uma visão sanitarista do problema. Muita das vezes o que falta é o acesso aos serviços por serem simplesmente discriminados.

Em alguns municípios existem leis exemplares que, ao contrário do senso comum que discrimina, dão PRIORIDADE nos serviços para entender que a situação de rua é uma situação emergencial que necessita de todo cuidado.

No governo Lula foi criado por decreto os Comitês Intersetoriais de Monitoramento e Acompanhamento  das políticas para pop. em sit de rua que ajudariam a população a fiscalizar as políticas ofertadas a esse público! Esse comitê tem que ser instituído pelo poder municipal.
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Também existe o programa Consultório na Rua, vinculado a saúde que oferece atendimento in loco para essa população e serve de porta de entrada para outros serviços de saúde.

Num momento em que políticas públicas vem sendo sucateadas, e direitos cerceados, se você também se indigna com o cuidado ofertado a essas pessoas, além de doar agasalhos e alimentos,

LUTE PARA QUE ESSAS POLÍTICAS SEJAM IMPLEMENTADAS e não para que sejam EXTINTAS!

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