Conselho de psicologia orienta que não é papel do psicólogo informar óbito


Em meio a pandemia de Sars-CoV-2 o Conselho Federal de Psicologia divulgou na último dia 18 de maio um ofício circular com orientações sobre a prática de se atribuir aos psicólogos o papel de informar o óbito de um paciente a família e/ou responsáveis.

O conselho esclareceu que além do psicólogo não ter os requisitos técnicas para sanar as dúvidas da família, sua função é incompatível com orientações que precisam ser feitas nesse momento, porém deixou claro que, como membro de equipe interdisciplinar o profissional de psicologia pode acompanhar esse momento junto de outros profissionais e fazer intervenções de cunho estritamente psicológico. O Conselho ainda destacou a necessidade do uso de EPI adequado dos profissionais de psicologia neste momento.

Uma velha luta da psicologia hospitalar.

Por muito tempo, profissionais de psicologia tem sido designados para intermediar de forma independente a relação institucional dos serviços de saúde com a família ou até mesmo com os pacientes em determinadas circunstâncias.

Ao longo dos anos a psicologia tem lutado para firmar cada vez mais seu papel técnico e suas atribuições sendo que por vezes o psicólogo pode se ver sujeitado a visão errônea que outras profissões têm de sua prática.

Na minha experiência, o psicólogo pode se ver designados para tarefas que cabem a uma visão multidisciplinar ou até mesmo vistos apenas como profissionais que têm por único fim consolar a família do paciente que veio a óbito.

A psicologia hospitalar porém é um campo vasto com técnicas interventivas específicas e também é reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade do psicólogo que pode ser registrada em carteira.

A orientação completa do conselho (Ofício Circular nº65/2020) pode ser conferida aqui.

Comentários

Veja também:

Artigos populares