Célula Mater - uma visão politizada de família

Foto ilustrativa: uma família negra com avós, pais, filhos e até um cachorro.

 "A família é a célula mater da sociedade", já diria o escritor Rui Barbosa no início do Século XX. Bom, o autor morreu há quase 100 anos e a sociedade mudou bastante desde então.

Não que a família tenha perdido sua importância, longe disso, porém na época de Rui Barbosa é muito provável que quando a gente pensasse em família logo viesse a mente um casal hétero cis e seus filhos. A sociedade evoluiu, e inclusive pra fins legais a convivência conta mais para o conceito de família do que laços sanguíneos ou o modo como essa família se formou.

E a coisa vai pra além de questões de sexualidade e gênero: 

quantas famílias você não conhece que são chefiadas por uma mulher idosa que cuida de seus filhos e netos? Ou por uma mãe que cuida de seus filhos? Quem sabe por uma grande família que divide um quintal ou até mesmo uma casa onde moram avós, pais, tios, primos todos dividindo um espaço em comum?  Sim, tudo isso é família.

A questão é que, se tirado de contexto, Rui Barbosa ainda continua certo, 

pois a família é sim um ambiente de desenvolvimento, e a primeira forma de contato social para muitos sujeitos em desenvolvimento. Todas as famílias em seus múltiplos formatos têm condições de oferecer um ambiente propício para o desenvolvimento de um sujeito no máximo de suas capacidades.

Para ilustrar as relações familiares no Brasil polarizado de 2020 eu escrevi um conto chamado Mater Mortis, onde a gente fala um pouco sobre visões ortodoxas de famílias defendidas por alguns grupos políticos de direita radical (em sua maioria) que ainda pregam que a única família que deve ser reconhecida é aquela da época em que Rui Barbosa ainda era vivo.

Nesse conto de terror que se passa num cenário pós apocalíptico mostramos como visões antagônicas de sociedade podem nos privar do sentido mais básico de humanidade e compaixão, e de como isso pode acabar em tragédia!  Leia na Amazon:

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