Máscara: uma bandeira política?

Tudo é política. Desde o bom dia que você dá ao seu vizinho até mesmo o seu trabalho ou suas relações familiares. No entanto, fica claro com a polarização que políticos partidários, ou seja, grupos de pessoas que vivem da política profissionalmente têm usado bandeiras inusitadas para vender seus serviços nas urnas.

Porém, quando falamos de medidas sanitárias como o uso de máscaras e vacinação, ideologias não deveriam ser critério de análise.

Podemos estar vendo a ascensão de uma nova variante e, consequentemente de uma nova onda da COVID19 pelo mundo, e em ano de eleição autoridades pelo país inteiro têm abolido o uso de máscaras inclusive em ambientes fechados.

Não estamos aqui questionando se é hora ou não de pensar em flexibilizar comportamentos de prevenção, até porque estamos todos cansados de todas as restrições que a pandemia nos impôs. E como psicólogo seria insensível de minha parte não considerar que uma mudança tão drástica nas nossas rotinas seria aplicada sem prejuízos ou resistência.

Porém, por mais que o momento seja favorável, é possível se questionar como esta decisão está sendo tomada!

Quando governos tomam a decisão de flexibilizar medidas sanitárias, será que essa está sendo uma decisão política ou algo baseado em dados e análises de especialistas? Será que, se flexibilizamos agora o uso de máscaras, que é um comportamento que levamos quase dois anos para implementar, e mesmo assim com resistência, vai ser mais fácil ou mais difícil impor o uso do item de segurança novamente?

Por mais que talvez não sejam a maioria das pessoas, todos podemos ter tido acesso a cenas, ou até mesmo presenciado, situações onde pessoas se negam a usar máscaras ou se vacinar. Afinal de contas os radicalistas ideológicos por menor quantidade que sejam, são barulhentos, pois então qual vai ser o grito dessas pessoas diante de uma nova imposição desse comportamento sanitário?

O Brasil vem sendo vítima não só da pandemia, mas também de uma série de decisões políticas erradas ao longo desses anos.

Não podemos ter com a caneta na mão pessoas que se preocupam apenas com a próxima eleição, ou seja, em manter seus cargos, poder e privilégios. Essas pessoas parecem tomar decisões que matam inocentes sem nem mesmo pensar duas vezes.

Sou cidadão, saio de casa todos os dias, uso o transporte público. Também acho o uso de máscaras desconfortável. Mas gostaria de deixar de usá-las não porque um político achou interessante desobrigar esse comportamento, mas sim por ser seguro.

Isso me faz pensar no cinto de segurança. Qual lei te faz usar cinto ao entrar num carro? A lei escrita por um político ou a lei da física?

Reflitamos.

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