Escrevendo à mão

Ando escrevendo muito à mão. As vezes também brinco com máquinas de escrever que minha esposa arrumou em lojas de antiquidade. Também voltei a escrever diários, uma prática que tenho desde que era criança e que, no meio da vida, acabei me esquecendo disso e acabo retomando agora.

Sempre prezei também por bons teclados. Escrevi meu primeiro calhamaço, ILLUMINATUS: O Touro de Bronze num MacBook Pro de 2011 (que infelizmente já não me pertence mais). Chegava e escrever cerca de 5 mil palavras num dia e acho que, à mão, isso não seria possível. Mas a literatura, ao menos pra mim, não é uma profissão e sim um Hobby (infelizmente). Então eu posso fazer do jeito que eu quiser, então que façamos da forma mais prazerosa!

Foto do meu antigo Macbook. Espero que o novo dono esteja cuidando bem dele. Reparem nas teclas já marcadas de uso.
Depois do MacBook acabei tomando uma fascinação por teclados mecânicos. Primeiro eu peguei um teclado mecânico (Switch azul) da Phillips, e depois um teclado para digitação Chinês. Sendo bem sincero, as teclas mais altas dos teclados mecânicos, apesar de serem gostosas de digitar, são mais altas e demandam um movimento maior, o que interfere no tempo. Mas daí frente foi "só pra trás".

Foto do meu setup, ou seja, o meu computador junto com o teclado Phillips.
Do teclado mecânico eu pulei para as canetas tinteiro. Sim, aquelas com as pontas de pena de metal que eram usadas antes de se inventarem as canetas esferográficas ou roller balls. Estas canetas são deliciosas, mas a tinta geralmente é solúvel em água e, mesmo com muita habilidade, você vai sujar as mãos nem que seja na hora de carregá-las com tinta.

Foto de um desenho de uma Ancorner (personagem do meu livro A Palavra-Humana) com uma Caneta Tinteiro sobre ele.

Depois vieram as máquinas de escrever, depois as penas (sim, como na idade média) e estamos aí. Confesso que gostaria de escrever mais com a máquina de escrever, mas eu acho que ela faz muito barulho e fico com medo de incomodar os vizinhos, porque meu tempo para investir no hobby costuma ser tarde da noite, afinal de contas, estamos sobrevivendo no capitalismo.

Foto da minha máquina de escrever Olivetti COLLEGE.

 Confesso que tenho escrito menos quantidade, mas é delicioso colocar a pena no papel, principalmente quando temos papel pólen, bem lisinho sendo riscado por aquelas pontas. Eu sei, é fetiche e nada prático. Mas já que estamos nos divertindo, porque não se entregar?

Atualmente estou escrevendo um texto que pode se tornar um conto ou romance, ainda não sei, mas comprei um caderno só pra esse texto. Acho que a própria marca da letra no papel no mundo em que vivemos já é uma forma de arte. E você? O que acha?

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