Diário da Dimensão Metafísica: Vendi dois livros físicos, como os antigos maias do Século XX.
Olá pessoas-que-lêem. Bem-vindes ao Diário (ou porque não, plural, Diários?) da Dimensão Metafísica. Aqui você encontra as incongruências de um pseudo intelectual metido a escritor cuja mente flutua fora deste universo.
Eu ando pensando em ser mais simpático, por isso a introdução.
NOTA: Esse texto foi publicado originalmente no meu news letter no Substack. Em breve vou parar de publicar esse tipo de post aqui. Então se escreve lá!
MAS ENFIM:
Há algum tempo eu tinha colocado a venda numa das livrarias da cidade onde eu moro 5 cópias do meu conto “Café & Cigarros”, uma obra subversiva que comecei a escrever em capítulos publicados no Wattpad como um experimento literário, mas que, por algum motivo, caiu no gosto do povo de lá.
Daí eu tive um surto e imprimi umas 20 cópias de uma edição física pra distribuir pra amigos e parentes e descobri que eu nem tenho tantos amigos e parentes assim com o hábito da leitura. Então sobraram cópias.
Sempre tive o sonho de ver um livro meu numa prateleira de livraria e isso não é difícil de fazer, ainda mais no interior. É só chegar e falar com a dona do estabelecimento e ver se ela aceita livros de autores da região, negociar o preço e, quase que instantaneamente, você já pode tirar aquela fotinho pra colocar nas redes sociais do seu livro numa prateleira. Sonho realizado.
Isso me faz pensar em quantos sonhos a gente não mantém no campo da fantasia só pra não se livrar deles, pois, afinal, depois de realizado qual o próximo? O que vem a seguir? Incerteza! E ninguém gosta de incerteza. Somos doutrinados a buscar por segurança eterna e é por isso que tantas religiões bizarras fazem sucesso.
Mas voltemos a Café & Cigarros.
Esses dias estava passando pelo centro e aí decidi ir lá na livraria checar se tinha vendido alguma coisa, mais por desencargo de consciência. Chegando lá tinham uns jovens bem alternativos, aliás, tinha um cara com um sobretudo igual o do Constantine, mas ele usava saltos e meia arrastão. Uma jovem conversava com a moça do balcão alguma coisa sobre religiões de matriz Africana - e isso é bom sinal, claro.
Quando a conversa acabou, me aproximei da atendente e perguntei pelo livro. Ela me questionou sobre quantas cópias eu havia deixado, me lembrava que eram 5, mas ela disse que só tinham 3 e não acreditou que eu tinha deixado 5. “Bom, eu não tenho certeza, acho que são 5”, eu também não acreditei. Ela teve de checar o sistema.
Duas vendas em meses separados.
O que será que foi? A capa? O resumo? Algum parente passou pela livraria? Nunca saberemos (ou saberemos eventualmente). Mas fica aí a experiência de como é a emoção de vender dois livros numa livraria como faziam os antigos autores maias no século XX.
Fiquei muito feliz, é claro. Mesmo que tenha sido um parente. Pense bem: meus parentes moram todos em outra cidade, se alguém foi ali só pra comprar fico lisonjeado de qualquer forma.
Ah, alguém também fez uma resenha (não solicitada) desse livro.
Quem escreve quer ser lido. Esse é um dos meus bordões de escritor. Eu não dispenso dinheiro (se ele vier um dia), afinal de contas, não nasci herdeiro. Mas eu me sinto pago quando alguém deixa um comentário ou faz um elogio sincero.
No Wattpad, onde essa obra foi originalmente publicada, haviam muitos comentários positivos, até por isso levei o texto pra Amazon, onde há outros comentários positivos. Mas uma resenha é algo que me surpreendeu.
O site “Próximo Livro” fez uma resenha (leia aqui) muito elogiosa e até poética da minha história de detetives. Esse tipo de coisa me emociona, afinal escrever de forma independente é dar vários tiros no escuro e é muito bom quando a gente acerta alguma coisa.
Quem quiser saber mais sobre essa história de detetives sem pé nem cabeça, dá pra conferir no meu blog mais informações e até adquirir!
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